Dia escaldante acende a primeira onda de fogos |
Não é uma onda de calor, mas são as temperaturas mais altas registadas este Verão. Ontem, cinco distritos estavam já em alerta laranja e, segundo o Instituto de Meteorologia, o calor deverá subir novamente hoje. À sucessão de dias quentes, seguem-se noite quentes. Lisboa ao sol chegou aos 36 graus, à noite manteve-se nos 20. O interior do Alentejo superou os 40 graus. Acusando a subida dos termómetros, surgiram ontem dois fogos no distrito de Santarém e ainda outros dois em Setúbal e na Guarda. Cem bombeiros, dois aviões Canadair e um helicóptero combatiam os incêndios na Chamusca e em Coruche. Para o fogo de Ulme e Vale Cavalos, no concelho da Chamusca, que começou a deflagrar cerca das 16.00, estavam mobilizados 68 homens, 18 veículos, um helicóptero e dois aviões Canadair. Quarenta e dois minutos depois foi circunscrito. Um outro incêndio, em sobreiros e pinheiros, na Herdade do Outeiro, no concelho de Coruche, foi dado como circunscrito às 16.44, mais de uma hora depois de ter deflagrado. Além destes, dois incêndios, ainda por controlar, lavravam nos distritos da Guarda - Chãs, no Parque Arqueológico do Côa - e de Setúbal - Vale de Vinhas, no concelho do Montijo. Em conjunto, mobilizavam mais de cem bombeiros, de acordo com o Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil (SNBPC). As chamas em Vila Nova de Foz Côa fizeram destacar para o local 38 homens, mas o acesso difícil ao mato estava a dificultar as operações. Também no Alentejo, o calor fez estragos. Durante a madrugada, o incêndio que lavrava no concelho da Vidigueira, em Beja, foi circunscrito perto das 03.00. As chamas consumiam desde as 22.00 eucaliptos e pinheiros na Estrada Vera Cruz. No local estiveram 78 bombeiros, apoiados por 23 viaturas. Beja, Évora, Portalegre, Castelo Branco e Guarda eram ontem os distritos em alerta laranja - nível que já implica risco de incêndios e impacto na saúde. E a situação vai manter-se hoje e amanhã. Só na terça-feira os termómetros voltam a baixar. A um período de dois dias mais frescos - com reduções previstas de dez graus - segue-se uma nova subida. Valores que a meteorologista Paula Leitão explica serem normais para a época, apesar de apresentarem já riscos para a saúde. Com as temperaturas mínimas a subir, o perigo dos golpes de calor são ainda maiores: com noites quentes, é mais difícil o arrefecimento das casas e a recuperação do corpo à exposição ao calor. DN Com LUSA |
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