terça-feira, 14 de agosto de 2007

6ª Companhia engloba distritos de Aveiro e Porto


Meia centena de operacionais em Aveiro
A criação de mais três companhias no GIPS veio beneficiar mais quatro distritos do país: Aveiro, Braga, Porto e Viana do Castelo. A 6ª Companhia de Intervenção Protecção e Socorro (6ª CIPS) da GNR está sedeada em Águeda e coordena três Centros de Meios Aéreos (CMA’s) dos distritos do Porto e Aveiro: Águeda, Vale de Cambra e Baltar.

Vera Tavares

A criação da 6ª CIPS veio fortalecer o distrito de Aveiro no que confere ao combate de incêndios florestais. A colocação de cerca de meia centena de jovens ambiciosos militares da GNR nos CMA’s de Vale de Cambra e Águeda deram outra projecção ao combate de primeira intervenção nos incêndios florestais. O comando desta Companhia encontra-se sedeado a Sul do distrito, desde 15 de Maio, data em que se iniciou o Dispositivo Florestal de Combate a Incêndios 2007.
Com um total de 21 militares em Vale de Cambra e 28 em Águeda, o comandante da CIPS, Capitão Morgado, comanda e controla todos estes operacionais, diariamente, e respectivas missões designadas.
Esta Companhia, recém chegada a Aveiro, já deu provas das suas competências e aptidões no que confere à primeira intervenção do combate a incêndios florestais. Analisados alguns dados, os CMA’s de Vale de Cambra e Águeda apresentam já números algo significativos das suas intervenções, quer terrestres quer helitransportadas. Note-se que a 6ª CIPS registou, até ao passado dia 3 de Agosto, o levantamento de 51 autos de contra-ordenação ao D.L. 124/06, 11 por questões ambientais, 183 ao Código da Estrada e, ainda, 12 detenções.
Ambos os CMA’s, Vale de Cambra e Águeda, são compostos por três equipas permanentes, ou seja, uma equipa helitransportada que funciona com o abrir e fechar do respectivo CMA, uma terrestre e outra de reserva. Assim sendo, os comandantes de CMA dispõem de cinco militares na equipa heli e seis na equipa terrestre, descansando, rotativamente, a terceira equipa.
Nas centrais de comunicações dos CMA’s ainda existe, além de um elemento dos bombeiros que faz o elo de ligação com o Centro Distrital de Operações e Socorro, um operador da GNR, que garante todas as comunicações dentro da respectiva instituição.
O responsável máximo pelos GIPS no distrito de Aveiro garantiu, à nossa equipa de reportagem, que as várias especulações que surgem no dia-a-dia sobre os GIPS não têm fundamento. “Esses mexericos não nos afectam, porque somos profissionais. O nosso relacionamento com os bombeiros do distrito de Aveiro, em termos operacionais, tem sido excelente! Nós estamos cá para trabalhar em colaboração com todas as entidades constituintes da Protecção Civil”, frisou Morgado.

GIPS chegaram a 15 de Maio a Vale de Cambra
O Grupo de Intervenção de Protecção e Socorro que se encontra instalado no concelho de Vale de Cambra chegou à ‘Suiça portuguesa’ na segunda quinzena do mês de Maio, dia em que se iniciou o dispositivo de combate a incêndios florestais.
Esta foi uma etapa muito importante para este grupo, liderado pelo jovem Alferes Cláudio Quelhas. Tendo em conta que o meio aéreo, atribuído ao CMA valecambrense, só chegou a 1 de Junho, os militares instalados em Vale de Cambra começaram a sua missão reconhecendo a sua zona de acção. Vários quilómetros de patrulhamento foram efectuados por estes operacionais na tentativa de conhecerem da melhor forma a sua área e apresentarem-se à população que iriam servir.
O meio aéreo ao serviço em Vale de Cambra chegou quinze dias depois, mas os militares da 6ª CIPS em Vale de Cambra já se encontravam prontos para actuar no Eccureil AS350B2.

Militares cheios de motivação…
Com o passar do tempo e a respectiva adaptação, os militares dos GIPS estão a demonstrar, que, dia após dia, o nível de motivação vai aumentando. Exemplo disso é o segundo sargento Pereira, adjunto do comandante do CMA de Vale de Cambra. Em conversa com o nosso semanário, Pereira confirmou-nos que os militares dos GIPS são um poço de motivação e empenho por uma causa única.
O adjunto do comandante do CMA valecambrense acrescentou, ainda, que “a questão do policiamento de proximidade é uma mais valia e o contacto que temos com a população deixa-nos cheios de vontade de lutar pela defesa da floresta”.

Vale de Cambra com cerca de 70 intervenções
O CMA de Vale de Cambra, que cobre todos os concelhos do Entre Douro e Vouga e os restantes até a um raio de 30 quilómetros, registava, até à data que a nossa equipa de reportagem acompanhou o grupo, cerca de sete dezenas de intervenções. Os 21 militares que, diariamente, acordam cheios de motivação para a missão que escolheram servir, mostraram-se realizados com a prestação que têm desenvolvido. Este CMA, composto por um grupo jovem, dinâmico, cheio de vontade, ambicioso e repleto de sonhos, tem trabalhado ao lado dos corpos de bombeiros da área, apelidando como trabalho de equipa.
“O nosso sucesso e o sucesso dos bombeiros só será possível com muita cooperação”, sustentam. O comandante do CMA valecambrense, Alf. Cláudio Quelhas, adiantou-nos que “todas as intervenções para que temos sido solicitados têm sido um êxito. Tem corrido tudo muito bem; talvez ainda haja a falta de hábito de algumas pessoas para a presença dos GIPS, mas estou convicto que isso será ultrapassado”.

Este líder dos GIPS acrescentou, ainda, que os ‘seus’ militares estão sujeitos a um trabalho árduo, cansativo; daí todos os operacionais terem de estar fisicamente bem, todos os dias. “Temos consciência de que este é o resultado de muito sacrifício, mas os resultados estatísticos de eficácia ajudam-nos a superar todos os obstáculos”, salientou o Alferes Quelhas.

Equipas com missões bem definidas
As equipas de Intervenção Protecção e Socorro (EIPS) dos GIPS têm missões muito bem definidas. Os elementos que, diariamente, integram as equipas terrestres dos GIPS têm como missão primordial a prevenção, dissuasão, vigilância, fiscalização, entre outras, no âmbito da defesa da floresta e no combate aos incêndios florestais. Desta feita, os jovens operacionais não descuram a missão geral da guarda. Estas equipas, sempre que possível e mediante o giro que tiveram na sua missão, apoiam a equipa helitransportada no local do foco de incêndio. Por outro lado, este grupo de militares tem efectuado um policiamento de proximidade, sensibilizando os populares para a limpeza dos matos, para a não realização de queimas, quando necessário elabora autos de contra-ordenação no âmbito ambiental, que envia, à posterior, para as autarquias competentes, fiscalização infracções ao Código da Estrada, infracções ao Decreto de Lei 124/06, entre outras missões.
Neste grupo de intervenção terrestre, os militares têm a sua função previamente definida e ferramenta atribuída para que nada falhe no Teatro de Operações (TO).

Zona de acção dividida por sectores
A zona de acção que compõem o CMA de Vale de Cambra está dividida em quatro sectores bem definidos. O sector A abrange os concelhos de Espinho, Ovar, Feira e São João da Madeira; o B os concelhos de Arouca, Castelo de Paiva, parte significativa de São Pedro de Sul e Cinfães; o C os concelhos de Vale de Cambra, Sever do Vouga e parte de Oliveira de Frades; o último sector, o D, abrange Oliveira de Azeméis, Estarreja e parte de Albergaria-a-Velha. Após esta rigorosa divisão, foram definidos giros de patrulhamento para cada sector, tendo em conta as zonas mais críticas de cada, entre outros apontamentos de referência.

Vale de Cambra ou Águeda?
Após o términus do Dispositivo Florestal de Combate a Incêndios, um dos dois CMA’s do distrito de Aveiro será Base Permanente. Ao que tudo indica, e sob indicações do comandante da 6ª CIPS, capitão Morgado, uma das bases ficará como permanente em simultâneo com Baltar. O líder dos GIPS de Aveiro adiantou que “nada está definido ainda e a única certeza que há é que Baltar continuará a ser Base Permanente, mas terá que haver uma no distrito aveirense”, salientou o Capitão Morgado.

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40 intervenções em Julho…
O GIPS de Vale de Cambra registou, no mês de Julho, cerca de 34 intervenções com a equipa helitransportada e seis intervenções terrestres. Os militares dos GIPS valecambrenses elaboraram 20 autos de contra-ordenação ao D.L.124/06, notificaram 44 transgressores por infracções ao Código da Estrada e, ainda, levantaram seis autos por várias infracções previstas por outros decretos de lei. Durante este mês ainda detiveram sete indivíduos.

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CMA’s comandados por oficiais da GNR
Os Centros de Meios Aéreos (CMA’s) são comandados por oficiais da GNR. E, porque a disciplina por ali milita, as razões hierárquicas são respeitadas por excelência. Na 6ª CIPS, o CMA de Vale de Cambra é comandado por um Alferes e coadjuvado por um 2º Sargento. Já em Águeda e porque o comando da 6ª CIPS está sedeado aí mesmo, o CMA é comandado por um Sargento-Ajudante. Baltar, o outro CMA da 6ª CIPS, é comandado por um Tenente da GNR.

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Dia em grande…com uma equipa de sonho!
Na passada terça-feira, dia 7 de Agosto, uma equipa de reportagem do nosso semanário acompanhou um dia dos GIPS em Vale de Cambra, ou melhor, “uma equipa de sonho”! Quando tudo parecia calmo, chegaram as ocorrências ao CMA valecambrense… um fogo nascente no lugar de Junqueira, concelho de Vale de Cambra, fez com que o H10 (helicóptero estacionado na helipista de Algeriz) e a sua respectiva brigada saíssem para o terreno. Fogo extinto pelos militares dos GIPS que abandonaram o TO apenas aquando da chegada do meio terrestre dos bombeiros locais.
Durante um patrulhamento num dos giros do sector B foram elaborados dois autos de contra-ordenação por depósito ilegal de madeiras e respectiva limpeza. Foram ainda notificados alguns proprietários de terrenos pelo mesmo motivo.
Algum tempo depois, um novo foco de incêndio no concelho de Castelo de Paiva.
GIPS, bombeiros paivenses, helicóptero do CMA valecambrense e, ainda, um helicóptero da Afocelca, que acabou por não operar, estiveram no local.

De regresso ao CMA, os militares dos GIPS foram surpreendidos por algumas infracções ao Código da Estrada, na zona de Nabais, concelho de Arouca. Aí foram notificados cinco infractores por variadíssimas irregularidades previstas no Código da Estrada. Correio de Azeméis

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