terça-feira, 31 de julho de 2007

4.813 ocorrências até 30 Julho, mínimo dos últimos anos

4.813 ocorrências até 30 Julho, mínimo dos últimos anosPortugal registou 4.813 incêndios em florestas e locais de mato de Janeiro a 30 de Julho, o «menor valor dos últimos anos», anunciou hoje o comandante nacional de operações de socorro (CNOS), Gil Martins.
No período em análise, o domingo passado foi o dia deste ano que registou o maior número de incêndios florestais - 123 ocorrências - sendo o distrito do Porto o mais fustigado, com 20 fogos, segundo dados da Autoridade Nacional da Protecção Civil (ANPC).
De acordo com Gil Martins, o ano de 2007 «apresenta o valor mais baixo registado» nos últimos anos em número de ocorrências.
Quanto à área ardida os valores são ainda provisórios, por ainda não ter terminado o mês de Julho.
O último relatório da Direcção Geral de Florestas, divulgado a 16 de Julho, indica que os distritos que registaram as maiores áreas ardidas foram Setúbal (com 512 hectares) e Beja (489 hectares), entre áreas florestais e arborizadas.
No entanto, o comandante dos bombeiros voluntários de Nisa afirmou à Lusa na segunda-feira que no último incêndio naquele concelho - no passado domingo - pelo menos 1.500 hectares tinham ardido.
A fonte dos bombeiros de Nisa disse que os cálculos foram feitos com base nas cartas militares da região.
Para a fase «Charlie» de combate aos incêndios florestais, de 1 de Julho a 30 de Setembro, a época de maior risco, o Governo anunciou ter disponíveis 8.836 elementos (Bombeiros, GNR, PSP e outros), 1.886 viaturas e 52 meios aéreos.
Durante este período estão disponíveis 20 helicópteros ligeiros, oito médios e seis pesados, oito aviões Dromadair (aerotanques ligeiros) e seis Airtractor (aerotanques médios), quatro aviões anfíbios pesados (dois Canadair CL 215 e dois Beriev BE 200 ES), segundo a Directiva Operacional Nacional da Defesa da Floresta Contra Incêndios.
No âmbito da fase «Charlie» e numa altura em que Portugal é visitado por muitos emigrantes e turistas, o secretário de Estado da Protecção Civil, Ascenso Simões, tem acompanhado nos últimos dias acções específicas de informação e sensibilização, inseridas na campanha nacional «Portugal sem fogos depende de todos».
Depois de já ter estado no fim-de-semana passado na fronteira de Vila Verde da Raia, em Chaves, Vila Real, o governante acompanhou hoje uma acção de prevenção de incêndios na fronteira de Vilar Formoso, distrito da Guarda, organizada pela ANPC, em colaboração com a GNR e o Governo Civil da Guarda.
As maiores áreas ardidas em Portugal registaram-se nos anos de 2003 e 2005, sendo que no primeiro caso arderam 425.726 hectares (286.055 em povoamentos florestais e 139.671 em matos) e no segundo 338.262 hectares (213.517 de floresta e 124.745 de matos e incultos), segundo dados da DGRF.
O maior incêndio registado desde sempre em Portugal foi no concelho de Nisa em 2003, tendo consumido mais de 49.000 hectares de floresta (carvalhos, sobreiros, azinheiras e eucaliptos) e olivais, vinhas e pastagens, conforme menciona o «livro branco» sobre os incêndios elaborado em sede de comissão parlamentar.
Diário Digital / Lusa
31-07-2007 18:27:00

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