quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Câmara da Mêda estuda incêndio florestal


O Presidente da Câmara da Mêda, João Mourato, promoveu a realização de um estudo acerca do maior fogo florestal deste ano no País, que deflagrou numa zona do concelho onde, desde 1990, já aconteceram cerca de 200 incêndios.
No dia 05 de Agosto de 2008, pelas 13 horas deflagrou na freguesia de Carvalhal, concelho de Mêda, um incêndio florestal que assumiu grandes proporções. As operações de combate às chamas, em que estiveram empenhados 305 bombeiros, dois helicópteros, dois aviões pesados e 82 viaturas, foram dificultadas por o incêndio se ter dividido em duas frentes.O fogo começou a ser circunscrito com o cair da noite, beneficiando da diminuição da temperatura ambiente, aliada ao aumento da humidade e ao abrandamento do vento. Foi dado como extinto às 6 horas do dia seguinte, 06 de Agosto.A orografia do local, com escarpadas de difícil acesso, dificultou o combate ao fogo, que consumiu sobretudo combustíveis finos.O levantamento efectuado pelo Município conclui que arderam 790 hectares, dos quais 73 por cento (573 hectares) era área de matos. Queimaram-se 15 hectares de carvalhos jovens e todos os terrenos que estavam cultivados tiveram apenas algumas oliveiras e algumas videiras secas pela acção do calor. Verificou-se ainda a perda de algumas zonas de Vinha e Olival, mas que não estavam minimamente cultivadosTambém arderam cerca de 70 hectares de lameiros e de pasto, que apenas são contabilizadas como unidades de paisagem, visto que se regeneram automaticamente.O estudo conclui que cerca de 60 por cento da área ardida já tinha sido queimada no ano 2006 e que quase 80 por cento da área total ardeu nos últimos 10 anos. As únicas áreas que não tinham ardido referem-se a dois pinhais, que estavam em bom estado vegetativo.Na Carta de Perigosidade da Câmara Municipal de Mêda, esta zona já estava considerada como sendo Zona de Risco de Incêndio Muito Elevado.O prejuízo directo causado pelo incêndio eleva-se a 55 mil euros, não incluindo os custos relativos ao combate ao fogo.O estudo realça o empenho dos Bombeiros Voluntários do Distrito da Guarda e de outros distritos no combate ao sinistro, evidenciando também a prestimosa acção dos meios aéreos envolvidos.A iniciativa serviu sobretudo para se estudar este caso como exemplo, tirando-se daí conclusões que ajudem melhor a prevenir o futuro.Apesar de não ter afectado significativamente a economia regional o fogo criou dificuldades para a retenção da água nos solos e o equilíbrio natural em termos de flora e fauna.Conclui-se alertando contra as queimadas fora da época autorizada e apelando á limpeza da floresta, dos caminhos e acessos às propriedades rurais e á adopção de medidas de acção que dificultem a deflagração e propagação dos fogos. In Capeiaarraiana

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