A área ardida em Portugal representou, até 31 de Agosto, 1,1% do total contabilizado na Europa. Ao contrário de anos anteriores, em que tem estado no "pódio" dos países com maior área ardida, está este ano na 11ª posição dos mais afectados, embora com uma estatística incómoda 29,2% dos espaços queimados pelas chamas integram a Rede Natura.
De acordo com o relatório do Centro de Investigação Comum da Comissão Europeia, no âmbito do EFFIS ("European Forest Fire Information System"), a elevada percentagem de área ardida na Rede Natura 2000 é uma tendência europeia no total são 97.924 hectares, num universo de 810.056 ardidos até final de Agosto, ou seja, 20,9%.
A leitura resulta do apuramento por satélite, que contempla manchas de área ardida superiores a 50 hectares. Não admira, por isso, que o valor apurado para Portugal (9.083 hectares) fique aquém do contabilizado, também até 31 de Agosto, pela Direcção-Geral de Recursos Florestais 12.188 hectares.
Em relação ao risco de incêndio, Portugal acompanha as principais tendências dos países do Mediterrâneo, com excepção da França, que manteve em todo o Verão um nível de risco muito baixo. Ainda assim, em várias semanas Portugal apresenta níveis mais baixos, particularmente no final de Junho e últimos dias de Agosto. A Grécia lidera, naturalmente, tanto em índices de risco como de resultados 269.114 ha ardidos, 33% do total europeu.JN
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